Total de visualizações de página

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Alegoria da primavera

Quadro de Botticelli, Alegoria da primavera

Os anjos
Os véus
Felicidade
Em tenra idade,
vigésima quinta primavera!

Corpos nus dançantes
Flertes leviandosos
no meio das folhas, os galhos
Entre as árvores do bosque.

Vinde, celebrem os reis
as rainhas
a corte
e tudo quanto é vinho,
é festa
hoje nos resta
Vida
Prima
Morte
Irmã
O trem das quatro estações
pode acabar amanhã.

Priscilla Acioly, escrito em 17/03/09

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A lua e suas formas


Lua é uma coisa engraçada,
enche e esvazia
Tem várias formas!
Uma noite está cheia como bola
E outra está vazia

Uma noite está no meio do céu,
Outra noite desaparece
Mas que mistério é esse
que ela some e cresce?

Priscilla Acioly, escrito em 17/10/2000

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Grito

Quadro de Evard Munch, O grito

Era noite. Era dia
Era sexta. Era sábado
Era intenso. Era alto
Era segunda. Era domingo
Era rude. Era rindo
Era todo dia. Era o dia todo
Era o grito da esquina ao lado
O grito da casa dos loucos


Priscilla Acioly, escrito em 11/08/08

domingo, 16 de janeiro de 2011

Armadilha, armadilha


qualquer um que tentar viver em sua própria ilha
c
a
i

numa armadilha


Priscilla Acioly, escrito em 08/01/11

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Retirantes

Quadro de Candido Portinari, Retirantes

A terra, feita de barro,
misturada à poeira,
ainda que medíocre, preciosa.
A terra que suja, que expulsa; explora.

Tão concreta, tão areia...
Vulcânica terra que enterra, que mata,
porém que brota

A terra, mãe do povo
que nasce do barro, do nada... do pouco.
A seca que oprime
retira o que não se tem
das mãos, dos pés, do rosto.

O ciclo cortou a vida
de alguém que sobrevivia
e agora pra longe indo,
recomeça a luta constante
pelo pão de cada dia.

A busca eterna, do mundo,
da terra.

Priscilla Acioly, escrito em 08/03/09