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domingo, 12 de junho de 2011

Papel



Sou um pedaço de papel
Papéis são leves... podem voar
Não quero. Não sou esse pedaço de papel leve

Mas vem, rasga-me
Rasga-me em infinitos pedaços e depois assopra
Faça riscos, me amassa, me marca, me recorta
Sou teu papel pardo, amargo... me joga
Em qualquer canto que eu cair, ali eu fico
Papel rasgado

Sou um pedaço de papel qualquer
Papel usado.
Você finge que não quer, mas continua usando motivos
me guarda no fundo da sua gaveta,
sou teu papel reciclado.
Ignora tudo o que eu sou
Pois não sou nobre
nem chego a ser carta de amor

Mas sou papel em suas mãos
porque você sabe como me dobrar.

Ai, Deus... esse papel de amar!

Priscilla Acioly, 30/09/09 

Um comentário:

  1. Bonito, Pri! Novo estilo, novo poema e aquela beleza infantil antiga. Gostei!

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